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Defesa mostra anotação Heleno para Bolsonaro se vacinar – 03/09/2025 – Brasília Hoje


A defesa do ex-ministro Augusto Heleno mostrou no plenário da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) uma anotação do general em seu caderno pessoal apreendido pela Polícia Federal em que sugeria que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fosse vacinado contra a Covid-19.

O advogado Matheus Milanez deu destaque à anotação de Heleno para argumentar que o ex-ministro se afastou de Bolsonaro na cúpula do Palácio do Planalto à medida que o então presidente se aproximou dos partidos do centrão.

“Para o general Heleno, o presidente tinha que se vacinar. Isso está na sua caderneta pessoal. Era um pensamento do próprio general, e aqui o Ministério Público tenta construir um discurso de que o general seria o grande aconselhador [de Bolsonaro]”, disse Milanez.

“Realmente, Heleno foi figura de destaque, figura política importante para a eleição e para o governo. Mas esse afastamento é comprovado”, completou o advogado.

As declarações foram feitas durante a sustentação oral da defesa de Augusto Heleno no segundo dia de julgamento do STF sobre a trama golpista de 2022.

O ex-ministro é acusado de ser um dos principais conselheiros de Bolsonaro em seu ataque às urnas eletrônicas. A PGR (Procuradoria-Geral da República) diz, com base em anotações de Heleno em um caderno, que o general foi um dos responsáveis por construir a narrativa contra o sistema de votação.

A defesa de Heleno afirma que o ex-ministro deixou de ser um dos principais conselheiros de Bolsonaro ainda na primeira metade do governo.

O afastamento estaria relacionado com a aliança fechada pelo então presidente com os partidos do Centrão, com apoio ao ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e a chegada do senador Ciro Nogueira (PP-PI) à Casa Civil do governo.

“O General Helena era contra a política tradicional. Ele era a favor de políticos, não de carreira, mas de pessoas que se destacassem pelo seu interesse na defesa nacional. Então, por conta desse posicionamento dele, Excelência, muito claro desde o início do mandato, quando o presidente Bolsonaro se aproxima dos partidos do centrão e tem sua filiação ao PL, inicia-se sim um afastamento no sentido da cúpula do poder”, destacou.


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Fonte: Folha de São Paulo

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